Sino dos ventos

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Lavando roupas delicadas


Na hora de cuidar das roupas mais delicadas, sensibilidade é fundamental. Usar os produtos certos, saber secar, passar e organizar as peças faz toda diferença.

Existem peças de roupa que só de pensar em lavar dá pena. São aquelas em tecidos finíssimos, como seda e cetim, ou lingeries sofisticadas. Por mais frágeis que elas pareçam, a lavagem não é sinônimo de perigo. Saber lavar com os produtos certos e na dose recomendada, secar, passar, manusear com delicadeza e guardar da maneira correta, fará com que elas se conservem como novas por mais tempo.

Algumas pessoas acreditam que as manchas só saem com água fervendo, o que é um erro pois a água quente pode queimar as fibras, deixando a peça amarelada ou fazendo-a encolher.

Se quiser proteger uma roupa, guarde-a envolvida num tecido de algodão ou em saquinhos de TNT. Jamais coloque em sacos plásticos, pois eles impedem a ventilação das fibras.

Lembre sempre de tomar certos cuidados com as peças mais sensíveis, dando atenção especial às etiquetas de cada roupa:


Tecidos finos

Tecidos como a seda, a renda, o cetim e a musseline devem ser lavados sempre à mão para não haver o risco de rasgarem ou desfiarem. Utilize sabão líquido na quantidade indicada na embalagem e enxague bem. Retire o excesso de água espremendo cada peça com cuidado.

Para secar, coloque em cabide para que seque no caimento certo, evitando as marcas dos pregadores. Para passar, utilize o ferro no modo vapor ou o vaporizador.

O cabide também é a melhor solução para guardar. As roupas que não são usadas diariamente, devem ser guardadas num cabide com capa, que pode ser feita com uma simples fronha.


Lingeries

Calcinhas de algodão podem ser lavadas a máquina no ciclo de roupas delicadas. Os saquinhos protetores são extremamente úteis neste caso. Calcinhas com bordados ou rendas, sutiãs (com ou sem bojo, com ou sem aro), também devem ser lavadas à mão, utilizando sabão líquido.

Para secar, coloque a lingerie aberta no varal, mas sem esticar muito para que ela seque sem deformar. Ao passar, verifique sempre as instruções das etiquetas, como temperatura do ferro, modo vapor, etc.

As calcinhas devem ser dobradas, separadas por cor ou modelo e guardadas na gaveta. Os sutiãs com bojo devem ser guardados abertos para não enrugar a espuma.
   
Peças coloridas

Jamais misture roupas com tonalidades muito diferentes na máquina. As peças brancas podem ser lavadas junto com as beges. As pretas, azul marinho e vinho também podem ser agrupadas. As mais coloridas, como vermelhas, verdes e azuis formam outro grupo.

Para passar, respeite as indicações de temperatura constantes nas etiquetas das peças.

Para guardar, organizar as roupas por cores vai deixar o armário divertido e mais bonito, além de facilitar a procura por uma peça específica.



Roupinhas de bebê

Por tratar-se de roupas muito delicadas e com muitos detalhes, lave as peças à mão e separadas por cor e tipo de tecido.

Seque no varal e mesmo que elas não estejam amassadas, passe a ferro para esterilizar, respeitando sempre a temperatura que consta na etiqueta.

Guarde-as separadas por tipo (macacões, body, macaquinhos, casaquinhos, vestidinhos, meias, etc.) e procure deixar as peças da mesma cor sempre próximas.







Créditos: Google Images






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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Transa gramatical


Este texto é atribuído a uma aluna do curso de Letras da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, vencedora de um concurso interno. Até o momento não consegui constatar a veracidade de tais informações para dar os devidos créditos para a autora, mas o texto é ótimo.


"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.
Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.
O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno momento. De repente, o elevador para, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos.
Pouco tempo depois, eles já estavam entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e para justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.
Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam um sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar.
Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transativo direto.
Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula, ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.
Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.
Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.
Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.
Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontando para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."



Crédito: Imagem e texto






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